Colaboradores e alunos do Senac/SE, órgão ligado ao Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, se reuniram no auditório da instituição na tarde da última quarta-feira, 15 de março, para assistir a uma palestra com Ludovico Gouveia, gestor regional da Yunus Negócios Sociais. O representante explicou o conceito de Negócio Social, o surgimento da Rede Yunus e como o Senac pode estar inserido nesse contexto.
Ludovico explicou que Negócios Sociais são empresas cuja missão é solucionar um problema social, são autossustentáveis financeiramente e não distribuem dividendos. Assim como uma ONG, elas têm uma missão social, mas como um negócio tradicional, geram receitas suficientes para cobrir seus custos. São empresas nas quais o investidor recupera seu investimento inicial, mas o lucro gerado é reinvestido nelas próprias para ampliação do impacto social.
O gestor apresentou a Yunus Negócios Sociais Brasil, unidade ligada à empresa Yunus Social Business Global Initiatives, fundada pelo economista e Nobel da Paz, Muhammad Yunus. O objetivo dela desenvolver projetos pelo país através de seu fundo de investimentos e aceleradora para negócios sociais.
O palestrante destacou a parceria entre a Yunus e o Senac/SE. “O Senac é, sem dúvidas, uma referência em educação, e o que a gente quer é que os instrutores e demais colaboradores disseminem a ideia do negócio social entre os alunos, colegas, familiares e amigos, pois quando se conhece o conceito, podem surgir ideias empreendedoras que proporcionem uma transformação social”, declarou Ludovico.
Parceria
Esta foi a terceira oportunidade em que os colaboradores tiveram contato com o trabalho da Yunus Negócios Sociais. No ano passado, além de um primeiro contato com Ludovico Gouveia, eles participaram de um laboratório social promovido pelas diretoras da Rede Yunus de Educação, Julia Cimionatto e Glaziela Cavallaro.
“A gente está aproveitando esse momento para reforçar a parceria com a Yunus, trazer novas ideias, e para que os nossos colaboradores e alunos sejam alimentados por essa visão de responsabilidade social, atribuída, também, a negócios viáveis. A ideia é essa: sedimentar a cultura do empreendedorismo, da responsabilidade social e econômica e ter um ponto para emanar as boas ideias que a equipe tão talentosa do Senac tem”, declarou Paulo do Eirado, diretor do Senac.
Segundo o professor Antônio Ramos, coordenador do Programa Senac Pleno, a parceria entre a instituição e a Yunus vai gerar desdobramentos. “A partir de hoje nós vamos ter três momentos posteriores. A primeira caminhada é a construção de negócios sociais, e vamos criar uma incubadora para isso. A função da Yunus é acelerar essa incubadora. No processo de aceleração, poderá surgir o apoio do banco do Muhammad Yunus. Então esse momento não é isolado. Vamos gerar uma incubadora, depois vamos acelerar a incubadora para que a gente possa transformá-la em um negócio social, e tornar o Senac um referencial em Sergipe nessa proposta. No último momento, nós iremos participar das reuniões da Yunus em nível nacional, e apresentar as propostas que nós temos”, explicou Ramos.