Como parte das celebrações da Semana da Sergipanidade, o Senac Sergipe promoveu a Roda de Conversa “Valorizando a Sergipanidade”. Os trabalhos foram coordenados pelo instrutor de Turismo da instituição, o turismólogo Paulo César Oliveira. O evento aconteceu na tarde de terça-feira, 24, no auditório da Escola do Legislativo do Estado de Sergipe.
“Sem medos de exagero, sergipanidade é um sentimento profundo de conexão, pertencimento e apreço por esta terra, onde nascemos e escolhemos viver. É orgulho, gratidão! É ser, agir, pensar e se relacionar com as tradições, costumes, culinária e manifestações culturais”, ressaltou Paulo César Oliveira, ao dar as boas vindas aos participantes.
“Essa roda de conversa foi pensada pela equipe do Senac, justamente para debater os atributos culturais que Sergipe possui, reunindo pessoas que se preocupam com a preservação da nossa memória”, destacou o diretor Regional, Marcos Sales, que fez questão de estar presente ao evento, ao lado do presidente do do Conselho Empresarial de Turismo de Sergipe (Cetur) da Fecomércio, Fábio Andrade.
A professora e pesquisadora em história cultural da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Verônica Moura trouxe para o evento os registros visuais feitos por fotógrafos e artistas plásticos sergipanos.
“Qualquer que seja o conteúdo das imagens, deve ser considerada como uma forma de representação da sergipanidade, uma vez que são portadores de significados. Seu potencial informativo poderá ser alcançado na medida em que esses fragmentos forem contextualizados na trama histórica que o artista circunscreveu no tempo e no espaço no ato da elaboração da imagem”.
O professor, escritor e coordenador estadual do Programa Nacional do Livro Didático/Seduc, Marcos Vinícius, ressaltou que é muito bom ver os jovens hoje se interessando pela cultura, mas que é preciso estimular o conhecimento dentro da sala de aula.
“Temos que falar sobre a sergipanidade dentro do viés educacional. Há algum tempo, tínhamos na grade curricular das escolas sergipanas, a disciplina sobre a história de Sergipe, que foi retirada, após reformulação. Precisamos estimular a discussão de conteúdos sobre o que temos no Estado, as manifestações culturais e folclóricas, conhecer os museus, os espaços, os produtos que identificam a sergipanidade”.
Autor do dicionário sergipanês “Sergipe Falado”, o jovem Ian Silva, ressaltou a honra em participar da Roda de Conversa e trouxe algumas palavras que compõem a sua publicação.
“Muito gratificante poder participar deste bate papo, com pessoas que se preocupam com as nossas tradições. O dicionário traz as expressões que sempre ouvi, conectando com a juventude, pois o que já aconteceu é muito importante, mas gosto de me conectar com os jovens, com as pessoas que são do meu círculo”.
“O Senac está de parabéns por promover essa roda de conversa, em fazer esse resgate da sergipanidade, complementando toda a movimentação que está ocorrendo na Praça Fausto Cardoso e aqui, esse diálogo coroa com sucesso essa disposição em reviver a nossa sergipanidade, o sentimento e orgulho de ser sergipano, inclusive envolvendo jovens nesse processo de pertencimento”, destacou Isaura Júlia, coordenadora do Acervo Museológico do Palácio Museu Olímpio Campos.
“Quero agradecer imensamente a participação de cada um de vocês, quem trouxe um pouco do ser sergipano nesta roda de conversa e quem veio participar. Aproveito para convidar a todos para acompanhar a nossa programação, que segue até o dia 29 deste mês, com muitas atividades que mostram um pouco do que Sergipe tem”, disse o presidente da Cetur, Fábio Andrade no encerramento do encontro.
O Sistema S do Comércio é composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio em Sergipe. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.