Na noite da última segunda-feira, 12, o auditório do Senac virou uma sala de cinema para a exibição dos filmes da 4ª Oficina Curta Senac Pleno. Alunos e seus convidados, além de colaboradores do Senac, assistiram aos quatro curtas-metragens resultantes do projeto, que, neste ano, contou com a participação de 40 estudantes dos cursos técnicos em Recursos Humanos, Logística, Massoterapia e Rádio e TV.
Das oficinas ministradas pelo diretor do Curta Senac Pleno, Fábio Jaciuk, foram produzidos os filmes “A’Mar”, “A Raiz da Discórdia”, “Será Acaso? Quem sabe…” e “A Carona”. Durante as aulas, os alunos tiveram a oportunidade de aprender sobre o processo de roteirização, operação de câmera, produção, figurino, atuação, iluminação e captação de áudio. Os jovens participaram ativamente de todas as etapas, desde a ideia original até a edição.
“Neste ano, demos uma liberdade no que se refere ao conteúdo dos filmes. O gêneros romance, suspense, comédia e ação foram definidos em sorteio e, a partir daí, eles ficaram livres para construir os roteiros e produzir os filmes. Desenvolvemos alunos com um potencial crítico muito forte. Todos saímos ganhando com o projeto, com essa vivência que é o Senac Pleno”, disse Jaciuk.
Plano de Negócios
O grande diferencial do projeto este ano foi a adoção do Plano de Negócios, que orientou os participantes na busca de informações detalhadas sobre o ramo, produtos e serviços, clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do negócio, contribuindo para a identificação da viabilidade de sua ideia. “Eles tiveram que traçar um plano de negócios para cada curta produzido. Nós definimos uma moeda fictícia, o Mazaroppi, e eles trabalharam em um mercado fictício com os custos dessas produções”, contou Jaciuk.
Para traçar o plano de negócios, eles tiveram a orientação de instrutores do Senac, a exemplo de Marco Gonçalves. “O plano de negócios é sempre complexo, pois envolve números, alguns cálculos e os alunos se assustam. Mas o filme é empreendedorismo, e para empreender é preciso conhecer os custos fixos e variáveis, se há uma viabilidade econômica. Houve uma boa aceitação nessa primeira experiência, adequando agora ao novo modelo pedagógico do Senac, onde o aluno não é mais um simples ouvinte, ele é realmente protagonista de seu aprendizado”, explicou Gonçalves.
“Criar um filme dentro de um olhar empresarial foi um desafio que demos a eles. Estão de parabéns porque construíram um plano de negócios para cada filme, e esse processo pedagógico é a razão de ser do Senac Pleno. Percebemos que eles tem possibilidades imensas de construírem a própria vida através da arte. Nesse projeto, em que eles trabalharam em um viés do empreendedorismo, com certeza trouxe benefícios extraordinários para esses alunos”, ressaltou Antônio Ramos, coordenador da Plataforma de Engajamento Senac Pleno.
Cinema como ferramenta para educação profissional
Antes da exibição dos curtas-metragens, o público assistiu a um documentário produzido por Fábio Jaciuk e alunos em que mostrou o processo de criação dos filmes e depoimentos dos participantes. No documentário, o presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, Laércio Oliveira, falou da importância do projeto. “Através dessa Plataforma de Engajamento vai ser possível o aluno avançar além da sala de aula para um trabalho em convivência com novas experiências em grupo através do seu trabalho, dedicação e esforço. A razão do Senac é proporcionar dias melhores através de uma competência que ele adquire na convivência com todos, em sala de aula, na amizade, no relacionamento e na dedicação”.
Presente no evento, o diretor Regional do Senac, Paulo do Eirado, também destacou a relevância do Curta Senac Pleno. “Fico imensamente feliz de assistir a esses trabalhos e ver o quanto o cinema pode ser um veículo para a educação profissional. Acho interessante porque, inicialmente, todos chegam sem conhecer as técnicas do cinema, e vejo isso como uma igualdade de oportunidade. E, a partir disso, todos inicialmente iguais, começam a se diferenciar naturalmente pela vocação, desejo, pela arte, pelo desempenho, esforço, mérito e acho que isso é extremamente construtivo”, declarou Paulo do Eirado.
“O cinema, do ponto de vista educativo, vem para enriquecer muito o profissional, pois aumenta a capacidade de comunicação, da linguagem, da cena, da expressão corporal. Essas são ferramentas muito úteis para profissionais de qualquer área, até porque o poder da comunicação faz diferença na carreira e no desempenho de qualquer pessoa. E, ao final, temos trabalhos belíssimos e, com certeza, temos uma marca para o resto da vida de todos os que passam por essa experiência”, concluiu o diretor.
Emoção
Durante a sessão, os alunos ficaram deslumbrados com o resultado dos trabalhos. Gritos, risos e aplausos foram ouvidos em todo o auditório. Entre um curta e outro, os depoimentos dos participantes foram de aprendizado e emoção. “Como diria Albert Einstein, uma mente que se abre a uma nova ideia, jamais volta a ter o tamanho que tinha anteriormente. E é isso que o Senac nos proporciona. A gente vem pensando de um jeito e começa a ver o mundo completamente diferente aqui dentro. Nossa mente nunca mais vai ser a mesma. É algo fantástico, maravilhoso e que eu aconselho a todo mundo participar. Poder superar nossas limitações a cada dia é algo incrível”, declarou a aluna e diretora Débora Santana.
“O projeto deu uma oportunidade única de os alunos, não apenas de Rádio e TV, participarem e descobrirem um mundo novo através do cinema, da filmagem”, disse Jesce Rocha, aluna e diretora executiva.
A aluna e diretora de um dos curtas, Míriam Gonçalves, destacou os vínculos formados durante o projeto. “Eu conheci pessoas novas, novos desafios e aprendi a lidar com os obstáculos de uma maneira a torna-los a meu favor. Tudo o que aconteceu no projeto, todas as conquistas proporcionaram uma sensação incrível. A oportunidade de trabalhar com pessoas como Jaciuk, como os instrutores do Senac que nos ajudaram com orientações sobre o plano de negócios, o pessoal do figurino que veio dar uma palestra…”, disse Míriam.
Para assistir aos curtas produzidos e ao documentário, acesse aqui.