Moradora da Rua São João, nascida e criada na localidade do bairro Industrial, Maria Alice Lima não escondia o contentamento ao acompanhar a apresentação do Projeto Integrador da turma de Agentes de Informações Turísticas (AIT). Isso porque o tema foi justamente o resgate da cultura e da tradição da Rua São João, onde os festejos juninos da capital sergipana começaram, em 1910.
A apresentação aconteceu na manhã de quarta-feira, 3, no auditório Hilton José Ribeiro, no Centro de Educação Profissional (CEP) do Senac em Aracaju. Os alunos prepararam cuidadosamente todo o ambiente, com artesanatos e comidas típicas regionais.
“Foi maravilhoso estar aqui e relembrar os meus tempos de criança. A minha casa era de sopapo e coberta de palha, iguais a todas da rua, que não tinha calçamento nem água e luz elétrica. Mas o forró existia, o Samba de Coco, fogueira, quadrilha junina, corrida de saco e de macacão, pau de sebo e quebra pote. A rua recebia grupos de outras cidades, que iam se apresentar lá, como os Parafusos, os Lambe-sujos e os Caboclinhos. A Rua de São João foi onde começou toda a nossa tradição junina. Eu amo a minha rua, que é a melhor do mundo”, afirmou com orgulho Maria Alice Lima.
A pesquisa para manter viva essa rica cultura de Aracaju, que este ano completa 114 anos de festa – dia 2 de julho – e de todo o Estado foi definida pela aluna Alana Lorraine França Santos, 23 anos, com inexplicável.
“Desenvolver esse projeto foi algo que tenho certeza de que agregou muito conhecimento e vai ajudar no desempenho na vida profissional. A nossa equipe foi muito unida, buscamos sempre ouvir um ao outro e o resultado foi esse projeto integrador maravilhoso, um resgate das nossas tradições culturais e pretendemos colocar esse projeto para frente, levar a nossa cultura para o país e para o mundo”, afirmou.
A experiência de anos como vendedor foi um diferencial para que Isaac Noia Gonçalves de Melo, 42 anos, falasse sobre o artesanato sergipano e suas influências.
“Eu valorizo a arte local e foi muito bom aprender mais sobre as nossas riquezas, sou um amante das artes. Faço parte do projeto ‘História, informação e cultura de Sergipe’, então sempre estou divulgando a nossa arte na Orla da Atalaia e em alguns pontos turísticos da nossa capital. Vim fazer esse curso para agregar mais conhecimento e me ajudar na divulgação da nossa arte”.
“Não tenho nem palavras para definir o resultado do que foi aprendido em sala de aula, das superações de cada um, da troca de informações, do pensar juntos para elaborar esse projeto maravilhoso. O resultado final me surpreendeu bastante e cada um de vocês está de parabéns”, destacou o instrutor Hívine Pio Carvalho.
“Vocês conseguiram representar muito bem e com muito amor o que a Rua São João representa para Sergipe. Quero agradecer a vocês a oportunidade de fazer parte dessa construção, de foi conhecer o antes do curso e vocês hoje, finalizando com o projeto integrador, vencendo as dificuldades e avançando nos desafios. A sensação é de dever cumprido”, enfatizou a analista educacional Letícia Menezes Santos.
Parabenizando a todos, o gerente do Centro de Gastronomia e Turismo (CGT), José Américo Siqueira, enfatizou o comprometimento dos alunos.
“Estamos muito satisfeitos, pois o Senac cumpre o papel de educar, de preparar para o mercado de trabalho com excelência. Nessa turma de PSG os alunos, agora agentes de informações turísticas, elaboraram um projeto voltado para a época dos festejos juninos, que é a mais importante da cultura sergipana. É muito gratificante ver esse resultado e só temos que agradecer aos diretores do Senac, Marcos Sales e Adalberto Trindade, e ao presidente Marcos Andrade”.
O Sistema S do Comércio é composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio em Sergipe. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.