Dando continuidade à campanha Setembro Amarelo, o Núcleo de Gestão de Pessoas do Senac/SE promoveu, para os colaboradores da unidade Aracaju, a palestra “A vida é a melhor escolha”. O tema foi abordado pela psicóloga Mônica Souza, no Auditório Hilton José Ribeiro.
Na abordagem em formato de roda de conversa, a palestrante provoca uma reflexão sobre como cada um tem escolhido viver.
“É preciso que a gente se pergunte como tem vivido, como escolheu viver e se tem feito boas escolhas. Quando faço essas perguntas aos meus pacientes e aqui hoje, é para que cada um reflita sobre o que tem feito a cada dia, como tem lidado com a vida, com a saúde e com as emoções”, destacou.
A psicóloga chamou atenção sobre como cada indivíduo classifica os sentimentos. “Não existem emoções negativas, mas sim desconfortáveis e que é necessário saber lidar com elas. É preciso que cada um encontre sentido para lidar com essas emoções. É importante que o indivíduo se conheça nos momentos de raiva, tristeza, medo. Sem isso, acaba adoecendo a mente, propiciando uma dor psíquica insuportável. Quando a mente do indivíduo não consegue mais encontrar um mecanismo de defesa e resiliência para lidar com a dor, ele pode chegar ao estágio mais extremo que é o suicídio”, alerta.
“Mas antes de chegar a esse estágio, é importante olhar para nossa vida, saúde mental e emoções. É preciso parar e observar, escutar as nossas dores e ter espaço para falar”, completa Mônica Souza.
De acordo com a gerente do Núcleo de Gestão de Pessoas, Maria Barros, a dinâmica desse encontro foi pensada levando em conta o tempo que as pessoas passam no local de trabalho e todo processo de construção do ser.
“É no ambiente de trabalho que passamos a maior parte do dia. É de grande importância discutirmos a valorização da vida. Para incentivar a comunicação consigo mesmo, até produzimos marcadores de páginas que simbolizam, para que cada um possa reconhecer e trabalhar suas emoções”.
“Com o crescente número dos casos de suicídio, o mundo mudou o olhar e passou a se preocupar com os sintomas que levam as pessoas a cometerem tal ato. Antes vivíamos em ambientes mais abertos, em contato com mais pessoas, mas nos últimos anos houve uma verticalização de espaços e com isso passamos a ficar mais confinados, inclusive a nossas mentes. Muitos se limitaram ao contato pelas redes sociais, que é bom, mas não o ideal. Essa palestra hoje para os nossos colaboradores trouxe a visão, de que existe solução e que a falta de comunicação com o mundo, com as pessoas, pode gerar esses pensamentos que estão diretamente associados ao suicídio”, ressaltou Marcos Sales, Diretor Regional do Senac Sergipe.